segunda-feira, 16 de janeiro de 2006

Amor incondicional e piriri-pompom!

Foi numa casa de shows X, situada num bairro Y e tendo como atração a banda de pagode Z que o garoto de nome Putão conheceu a garota de nome Piriguete. Ela estava molhada de suor dançando no meio da multidão, usando um short tão curto que mais parecia um retalho de cortina. Ele acabara de chegar com os amigos, estava com uma bermuda floral amarela, camisa verde-cana e boné vermelho, e acabara de tomar um Smirnoof Ice. Viu aquela bunda revestida com uma calcinha fio-dental e não se deu, foi amor a primeira vista! Resolveu então ir à caça. Putão começou então a colocar em prática os seus dotes sedutores: Tirou a camisa para exibir sua barriga de tanque, seus músculos definidos a custa de muita malhação e muito A.D.E., e começou a dançar atrás da presa. Piriguete ao perceber algo atrás, virou-se para analisar o material: Amor a primeira vista também. Estava na seca e precisava sair daquela situação. Pensou rápido e definiu: Se você quer, então toma! O pagodão estava rolando solto e Piriguete, não sabendo porque, desejou receber um nego bom. Passaram-se apenas alguns segundos para Putão entender que a presa era fácil e agarrá-la. Entrelaçaram-se num beijo ardente, suado, com gosto de álcool misturado com churrasquinho de gato. Como se davam bem aquelas línguas! E a mão de Putão viajava por aquele corpo gostoso, mão na cintura, mão na bunda, mão no peitinho, mão na calcinha... E os órgãos sexuais dos dois estavam numa conversa animadíssima! Praticamente não se desgrudavam os dois, mesmo estando eles presos entre tantos panos.
Depois do beijo, Putão toma a iniciativa da conversa:
- Ô mainha, que coisa gostosa!
- E você... Ai delicia!
- Óii... não faz assim comigo não q'eu fico doido!
- Huummm. Uma coisinha dessas deve ser um lascador de primeira.
- Ha haaai, não fui de ninguem...
- Nem eu...
- Mainha, vamos pra um lugar mais tranqüilo?
- Huuuummm hihihi (Risada safada)
- Cê tem quanto aí?
- Seis e cinqüenta
- Eu tenho cinco conto aqui. Tem um lugar ali ki é oito conto duas hora. Dá págente fazê um baculejo e sobra pro buzu. Cê vai?
- Huumm (Risadinha mais safada ainda...)
- Bó!
Putão pensa com ele: Vô metê, vô metê, vô metê...
Piriguete pensa com ela: Ai q'eu vô recebê o amor dele e o nego bom!

No "motel":
- Se você quer tome aí!
- Ai delicia!
- Receba!
- Ai deliciaaaaa!
- Vô metê!
- Aaaai deliciaaaaaa!
- Vou te puxar pelo cabelo!
- Meu cabeeeelo nãaaao q eu dei escova psirico!
- Vou te jogar na cama!
- Me joga painho!
- Tome baculejo!
- Hummmm
- Agora fica caladinha!
- Aaaaaaaaaaaaiiii
- Fica caladinha que eu vou puxar seu cabelo, vou de frente e vou de costa!
- Meu cabelo nãaaaoo, se não eu paro!
- Tá bom mainha...
- Painho, se eu te pedir uma coisa você me dá?
- Diga mãaae...
- Me dê um tapa na cara
PAF!
- Toma cachorra!
- Aaaaaaii... outro...
PAF!
- Ordináaaria

Minutos depois...
- Gostou mãe?
- Amei! O que cê achou de mim?
- Humm... xô vê... bem dog! Estilo cachorra!
- Gostooooso!
- Como é seu nome mainha?
- Piriguete. E o seu meu tesão?
- Putão
Os dois trocaram números de celular e depois foram embora. Horas depois, Piriguete recebe uma mensagem de texto:
De: Putão
Ó my god, i will never forget, psiu-psiu!


E onde ficam os românticos?
Serão eles queimados em praça pública?
Se assim for, foi um prazer conhecer todos vocês!

5 comentários:

Anônimo disse...

hauhauahauhauhauhauahauhuahaua
adoreiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!

Anônimo disse...

A prosopopeia do pirimpompom... A unica coisa que podemos fazer com esse lixo é reciclar pra ver se vira arte... Não te conheço mas adorei...

Anônimo disse...

Apesar de não o conhecer, venho aqui deixar os meus comentários a respeito dos seus textos, com especial atenção neste, a pedido da minha pequena amiga Mirna (pequena por causa do tamanho, mas em termos de carinho ela seria gigante).
Gostaria de parabenizá-lo pelos textos aqui publicados. Realmente são muito bem escritos, apesar da imagem otimista e romântica que expressam, imagem essa que não combina com a minha pessoa (sou um pouco mais frio e pessimista), mas creio que a minha opinião pessoal não seja tão importante, já que as pessoas realmente precisam de esperança para o futuro pois esta história descrita neste seu texto é muito bem visível no nosso cotidiano, e isto é lamentável.
Algo interessante nos textos é a simplicidade nas expressões e fácil vocabulário, no entanto, os vi como sendo bastante superficiais ainda. Espero que tenha sucesso como escritor e que as pessoas os leiam e, principalmente, consigam refletir sobre eles para que talvez o futuro não seja o que eu imagino.
Agradeço a atenção.
Luciano Shinoda

Anônimo disse...

é o melhorr!!! é o melhorr!!! rsrs Vc e d++ Luzinhoo... rsrs

Anônimo disse...

vc falou a realidade dos jovens da bahia
infelizmente eh assim mesmo!!!!!
mas sabe o q ajuda essa musica de nigrinha q soh aqui tem....uma esculhambacao...sem nenhuma cultura...sem acrescentar nada a ninguem,ao contrario tira a sanidade das pessoas.... alguem tem dar descarga nisso.....
eh uma falta de pudor de respeito e de qualidade de vida
alem de ter q aturar as letras imbecis....temos q aturar a falta de respeito deles com o som alto....pura baixaria....por isso q o baiano se identificou com o funk......
duas merdassssssssssss